sexta-feira, 16 de abril de 2010

Noticia sobre o worshop

Uma noticia que saiu no jornal da Urbi, escrita por uma estudante de ciências da comunicação que foi assistir ao meu passado workshop, pelos vistos ainda consegui passar alguma informação, apesar de nem tudo estar bem explicado, mas também não é fácil reter tudo em apenas 2 horas! Obrigado pelo interesse Ana Pereira!=) Aqui fica:

“O parto é como fazer amor”

Foi o segundo workshop realizado na loja “Ponto Já” da Covilhã sobre a maternidade e o dom de ser mãe. O evento contou com a doula Sofia Costa e futuras mamãs, e intitulava-se “O dom de uma maternidade natural”.
Por: Ana Pereira
Em: Quarta, 14 de Abril de 2010

Uma “maternidade natural” e um “parto mais humanizado” são o que pretendem as doulas quando intervêm num parto, cumprindo sempre os objectivos da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A doula tem formação na área da saúde da maternidade, e ajuda a futura mãe desde os primeiros passos, acompanhando a grávida antes e após o parto. Mas “quem faz o parto é a mãe” acrescenta a doula Sofia Costa, que esteve pela segunda vez na loja “Ponto já” no dia 7 de Abril. As doulas apenas “esclarecem as mães com terapias alternativas, informando e encaminhando as futuras mães”, sempre acompanhadas em todo o processo de gravidez.
Desde a alimentação às emoções, tudo deve ser cuidado, pois as futuras mães não devem aderir a uma atitude de desleixo. «Estar grávida não é desculpa para comer tudo que se quer, porque se vai engordar de qualquer maneira. Tudo que comemos o bebé come também, havendo bebés que nascem já com problemas de obesidade. O que nós sentimos, o bebé sente de igual modo. Gravidez é desculpa sim mas para estar bem, deixando os problemas para os outros, tentando irritar-se o menos possível, escolhendo sempre uma atitude positiva».
Estar calma e ter um suporte físico é muito importante. “O toque por exemplo, é um gesto que se perdeu na nossa sociedade, ao qual não se dá hoje grande relevância” afirma Sofia Costa. O trabalho emocional é grande para se preparar um parto melhor e menos doloroso, pois como afirmou a doula “não se apaga de ânimo leve o que se ouve desde que nascemos, o horror que ouvimos há 20 ou 30 anos”.
A oradora convidada apresentou alguns conselhos às futuras mães, tais como a grávida ter visualizações de como quer o seu parto, imaginando um parto suave. A meditação, a dança do ventre, o yoga, podem ser métodos excelentes pelas endorfinas que libertam, assim como o estado que calma que provocam. Embora a prática de qualquer exercício seja positiva, “estes em específico têm resultados excelentes na gravidez”, acrescentou.
A importância de um lugar seguro, tranquilo e calmo durante o parto, com pouca luz e o menos gente possível é considerável para a grávida conseguir relaxar, pois “o parto deve ser como fazer amor”. Após obtida a tranquilidade e a calma necessárias resulta a libertação de endorfinas para um parto “com menos dor e mais prazer, o que nem sempre é possível nos partos hospitalares, embora já se comecem a praticar partos naturais nestes locais”, sustentou a doula.
Segundo as doulas, há cinco necessidades básicas no trabalho de parto: o silêncio; luz fraca; privacidade; segurança e conforto térmico (25º a 26º). Os diversos procedimentos hospitalares tomados normalmente em situações de partos provocam nas grávidas tensão e desconforto, alguns completamente contra os princípios da Organização Mundial da Saúde. Desde o soro, que proíbe a mulher de comer e beber, à rapidez com que procura fazer o parto o mais depressa possível, acabam por provocar um estado de ansiedade e adrenalina que pode até parar o trabalho de parto. Um bebé pode demorar mais de três dias a nascer, mesmo depois de a grávida entrar em trabalho de parto. Defendeu ainda que “o nosso corpo está preparado, somos feitas para parir! É só dar-lhe o tempo que necessita”.
Em relação a questão da segurança, garante que em vários estudos realizados se verificou que é tão ou mais seguro parir em casa como no hospital. “O parto natural é seguro, e o enfermeiro obstetra assistente tem capacidade para socorrer a mãe em qualquer necessidade ou imprevisto. As grandes diferenças são os procedimentos hospitalares”.
Concluindo o esclarecimento, a doula salientou que a amamentação é muito importante para o recém-nascido, como também para a mãe. Comentando o problema que as mães colocam sobre não terem “bom leite para o bebé” referiu que “não há leite fraco, todo o leite da mãe é bom e o bebé nasce já a saber mamar”. O bebé não deve ingerir qualquer outro alimento até aos seis meses, e pode mamar até aos dois anos no mínimo, embora ele próprio saiba quando deve parar. “Além de ser um acto de amor, e dos nossos filhos precisarem de amor e muito carinho das mães, não é por isso que serão mimados, basta saber dizer não! Não confundindo amor com educação”.
Depois da notícia que prevê o fecho de uma das maternidades, Covilhã ou Castelo Branco, o parto natural pode ser uma alternativa e uma mais-valia.

Podem ver a noticia aqui:
http://www.urbi.ubi.pt/_urbi/pag.php?p=7667

1 comentário:

  1. Muito positivo Sofia!!! Duas horas em que passaste muito do essencial!

    ...Ai rapariga, não imaginas como eu gostava de te ter conhecido antes de o Simão nascer...
    :)

    Bjs

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