Não é propriamente um tema ligado à actividade da doula, nem sequer à humanização do parto, no entanto é algo que nos toca a todas e muito.
Trabalhamos para devolver o protagonismo da mulher nessa fase incrível da sua vida que é a gravidez e o parto.
Lutamos para combater a maneira como a mulher passa a ser tratada quando descobre que carrega no seu ventre a semente de uma nova vida - como alguém que de repente deixa de conseguir pensar por si mesma e tomar as melhores decisões para si e o seu bébé; como diziam, e muito bem, os Monty Python no seu maravilhoso sketch sobre o parto: "You're not qualified!"
Fazemos o nosso trabalho com as mulheres, com os casais, para que eles possam reclamar para si esse protagonismo, essa importância, porque quem deve estar no centro deve ser a mulher e a sua criança. e não o médico.
Trabalhamos e lutamos pela mulher, mas também, sempre, pelo bébé. Esse trabalho não pode acabar depois do parto. É preciso continuar a lutar para defender a amamentação, para defender as opções de sono do casal no que respeita ao seu filho, para defender a sua opção de (não) vacinar, de (não) dar medicamentos ...
Trabalhamos e lutamos para que aquela mãe, aquele casal, continue a confiar em si, nos seus instinctos e nas suas capacidades maternas/paternas.
Devolver o protagonismo à mulher não é importante só na gravidez e parto, mas também na maternidade, e por isso acreditamos que uma mulher que reclama para si a tomada de decisões durante a gravidez e parto vai continuar a fazê-lo durante o resto da sua vida.
Por tudo isto, deixo-vos
aqui uma leitura que, espero, vos faça pensar um pouco.
Texto: Doulas de portugal
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